A Troca
Atualizado: 10 de dez. de 2021
Pensei muito se deveria ou se iria querer escrever sobre este livro.
A Troca veio como uma onda de saudade pra mim, tocou em algo pessoal, me deixou sensível à falta que sinto da minha avó.
Quanto mais eu lia menos eu queria que acabasse, então estendi essa leitura por muito tempo, o máximo de tempo que eu consegui.
O título escrito por Beth O’Leary, também autora de outros livros como “Teto para dois”, e publicado pela editora intrínseca conta a história de uma avó e uma neta que após acontecimentos da vida, decidem trocar de casa por um determinado tempo. A neta precisa se afastar do trabalho e vai morar numa pequena cidade no interior da Inglaterra, e a avó que sente uma grande vontade de aventurar-se fica na casa da neta em Londres.
Não tem como eu sentar aqui e fazer uma resenha imparcial sobre este livro. Então essa é uma percepção pessoal.
Em primeiro momento me identifiquei com Leena, a neta, devido às suas questões de trabalho, seu burnout, sua rotina, seus traumas, seus lutos. Não tinha como a história já não me chamar a atenção neste sentido.
Em segundo momento eu fui achando familiar alguns dos adjetivos de Eileen, a avó: carinhosa, preocupada, dedicada, presente. Ela é a pessoa que todos gostam, que todos a sua volta sabem que podem contar, ela cativa aonde chega, ela tem uma disposição admirável para a vida, ela faz amizades e transforma encontros casuais da vida em situações mais que especiais. Ela é especial. Ela é muito parecida com a minha avó que me deixa saudades todos os dias desde que partiu.
Beth o’Leary colocou em palavras qualidades tão incríveis que foi impossível eu não sentir uma familiaridade, uma identificação.
Quem conheceu Dona Vitória, minha avó, com certeza vai entender do que eu estou falando. Ela deixou uma marquinha boa em todos que a conheceram, seja pela vida inteira, seja por uma conversa de cinco minutos em alguma fila num lugar qualquer. Quem não a conheceu, mas me conhece e já me ouviu falar sobre ela acredito que também possa a identificar nessas qualidades de Eileen. Quem não a conheceu, ela era assim, multiplicada por dois e deixa saudades, lembranças boas, e um carinho enorme sempre que penso nela, sempre que lembro dela no meu dia a dia.
Os direitos autorais de “A troca” já foram vendidos e espero ansiosamente pela sua adaptação para filme. Que seja tão especial quanto a leitura.
Como leitora classifico com 5 estrelas.
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